Comissão negocial do Sinepe-MT zomba dos/as trabalhadores/as!
Comissão negocial do Sinepe-MT zomba dos/as trabalhadores/as!
Após engavetar, de 17 março de março a 14 de outubro, nossa pauta de reivindicação para a CCT do ensino superior, a comissão negocial composta pelo Sinepe, com a finalidade de “negociar” com o Sintrae-MT a renovação deste imprescindível instrumento normativo, nos encaminhou uma contraproposta- mais apropriado seria dizer proposta contra; contra a CCT e contra a decência.
Essa contraproposta- proposta contra- zomba de nossa dignidade, de nossos direitos e demonstra cabalmente o total desprezo dos “negociadores” patronais por nossa categoria.
Dominada por representantes dos grandes grupos educacionais, que só enxergam o lucro fácil, e contando com o cúmplice silêncio das IES que construíram sua história no estado, com respeito e compromisso com a educação; essa comissão, sem nenhum constrangimento e com a cara dura, nos propõe reajuste salarial 5 %, para a inflação de 5,32%, no período de 1º de maio de 2024 a 30 de abril de 2025; e somente a partir de 1º de outubro, quando a data-base é 1º de maio.
Para o período de cinco meses que medeia a data-base (1º de maio) e o dia 1º de outubro, propõe abono de 15%; sendo que o reajuste acumulado, contado de 1º de maio totaliza 29,58%. Ou seja, o abono proposto, como compensação ao período sem reajuste, corresponde apenas à metade do que seria devido.
E mais: o reajuste para quem foi admitido a partir de 1º de maio de 2024 seria proporcional ao número de meses trabalhados. O que nunca ocorreu antes.
Não satisfeita, além de não oferecer nenhum ganho às condições de trabalho constantes da CCT, quer reduzi-las e até suprimi-las, como, por exemplo, o adicional por tempo de serviço (ATS); quer, ainda, transformar coordenação em função administrativa, mesmo o STF, na ação direta de inconstitucionalidade (ADI) 3772, reconhecendo-a como função de magistério; quer licença total para a implantação de banco horas, sem autorização e controle do sindicato; quer acabar com a obrigatoriedade de homologação de rescisão de contrato pelo Sintrae, a maior garantia da categoria, dentre outras reduções- o inteiro teor dessa proposta contra está no portal do Sintrae.
Precisamos dar resposta a essa zombaria, além de denunciá-la à sociedade mato-grossense, que não faz ideia de nossas dificuldades e, honestamente, pensa que somos respeitados pelas IES!
Precisamos, também, perguntar às IES que não fazem do lucro fácil seu principal objetivo se concordam com o que propõe a referida “comissão negocial”? Se não concordam, por que se mantém em cúmplice silêncio?